Embalagens foram feitas para transportar, armazenar, conservar e depois, em nossos tempos deconsumo massificado, fazer jabá. Éééé... e depois você não sabe porque fica seduzido dentro de um shopping, e acha super sem graça andar com sacolas sem que as pessoas vejam o que você comprou. É uma questão de status, de certa maneira. Sacolinha de plástico das lojas americanas e de supermercado todo mundo esconde dentro da bolsa, enrola na mão, e não exibe como uma super compra adquirida.
Uma vez, quando eu era pequena, vi uma mulher saindo da loja da Pakalolo (ééé, pakalolo!) com uma sacola de plástico transparente, cheia de bolinhas azuis e outros elementos em amarelo. Achei aquilo lindo! Minha avó, que sempre me levava para passeios fúteis como ir ao shopping, e culturais como ir ao Memorial da América Latina, simplesmente entrou na loja e pediu uma sacola pra mim. Essaé uma história inesquecível na minha vida. Vocês enxergam minhapaixão pela coisa desde cedo? Falar de consumo, publicidade, design gráfico...
E é ai que entra mais uma vez aquilo que sempre digo sobre a importãncia do design em tudo que nos cerca. Você compra uma peça quauqler, de qualquer coisa, e não se dá conta de que aquela sacola, a caixa, o papel que embrulha o produto foi super pensado para agradar você, cliente, usuário. Essa é a graça, a coisa legal de ser design. Nada é feito em vão, eu, pelo menos, não sou movida assim.
Esta embalagem ai de cima é da loja Oxto, que por sinal fechou aqui em Floripa. Era uma loja que revendia marcas streetwear, e tinha muita coisa legal, além de ser toda preta e cheia de sinalizações gráficas. A embalagem, seguindo o mesmo padrão, ganhava um "q" a mais quando um presente era acrescentado a ela, pelo simples fato de ser embrulhado numa caixa junto a um papel de seda. Simples, e nada a mais... e melhor: se você dar uma cara boa a embalagem de seu produto, todo mundo vai querer saber de onde é, o que tem dentro. Épor isso que digo: embalagens são uma vitrine móvel...
vivis
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